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Vinhos de Altitude de Santa Catarina projetam safra histórica em 2025

Crescimento na vitivinicultura impulsiona emprego, enoturismo e a valorização do terroir na Serra Catarinense Após quase 30 anos de desenvolvimento, os vinho...

Vinhos de Altitude de Santa Catarina projetam safra histórica em 2025
Vinhos de Altitude de Santa Catarina projetam safra histórica em 2025 (Foto: Reprodução)

Crescimento na vitivinicultura impulsiona emprego, enoturismo e a valorização do terroir na Serra Catarinense Após quase 30 anos de desenvolvimento, os vinhos catarinenses consolidam sua relevância econômica e turística, especialmente na Serra Catarinense, principal polo produtivo, com destaque para a cidade de São Joaquim, onde estão a grande maioria das vinícolas do estado. A vitivinicultura de altitude em Santa Catarina vive um momento histórico e promete alcançar, em 2025, a melhor safra da década. O setor, que tem ganhado cada vez mais força nos últimos anos, gera cerca de 800 empregos diretos e indiretos e se destaca por movimentar a economia regional com expressivos resultados. A área plantada cresceu 315% na última década, saltando de 74,83 hectares em 2013 para 235,5 hectares em 2023. Essa evolução se reflete também no faturamento, que disparou 593%, passando de R$ 7,55 milhões para R$ 44,81 milhões no mesmo período. A eficiência também aumentou significativamente, com o faturamento por hectare crescendo 88% no período. Além dos avanços econômicos, a produção média anual das 28 vinícolas espalhadas pelas cidades catarinenses São Joaquim, Videira, Urubici, Campo Belo do Sul, Rancho Queimado e Bom Retiro, associadas à Vinhos de Altitude Produtores e Associados, registrou um crescimento de 300% — comparado a 2013, quando eram apenas sete —, atingindo cerca de 1 milhão de garrafas nos últimos quatro anos. A alta qualidade dos rótulos também se consolidou, conquistando 241 premiações em competições nacionais e internacionais, com destaque para os 260 novos lançamentos no mercado nos últimos quatro anos. Enoturismo impulsiona economia local Com o crescimento da produção e da qualidade dos vinhos de altitude, o enoturismo se tornou uma das principais alavancas econômicas do setor. Atualmente, cerca de 38% do faturamento total, que alcançou R$ 17,04 milhões em 2023, é gerado por atividades ligadas ao turismo do vinho. Um dos destaques da agenda enoturística é a tradicional Vindima de Altitude de Santa Catarina, realizada há 11 anos pela Vinhos de Altitude Produtores e Associados. Considerado um dos maiores eventos do gênero no Brasil, a vindima acontece entre março e maio e atrai cerca de 50 mil visitantes anualmente. A expansão do setor tem gerado benefícios significativos para a economia regional, impulsionando o desenvolvimento de toda a cadeia turística. Com o aumento do fluxo turístico, hotéis e pousadas operam com lotação máxima durante a Vindima de Altitude, garantindo renda e combatendo a sazonalidade típica da região fora da temporada de inverno. "A representatividade econômica e social do setor vinícola de altitude vai muito além da produção dos vinhos. Temos visto impactos positivos diretos na qualidade de vida da comunidade, no crescimento de novos negócios e na formação profissional, fortalecendo a economia regional como um todo", destaca Diego Censi, presidente da Associação Vinhos de Altitude Produtores e Associados. Inovação fortalece setor no cenário nacional e internacional Em 2025, a associação que reúne os produtores de vinho de altitude lançou mais uma novidade: o Sabores de Altitude Festival Gastronômico, realizado em parceria com o núcleo gastronômico da Acisjo. O evento une restaurantes locais e vinícolas, valorizando produtos regionais e ampliando a oferta culinária aos turistas. Além disso, o setor comercial da cidade ganha um impulso extra com o Concurso de Vitrines, promovido em parceria com a CDL de São Joaquim, incentivando o comércio local a se envolver no clima festivo da vindima. Outra ação inovadora é a participação dos produtores em eventos e festivais em todo o país, promovendo a qualidade e a identidade dos rótulos da região. De acordo com Diego Censi, presidente da associação, essas iniciativas reforçam o impacto positivo da produção de vinhos de altitude na economia local. “Essas iniciativas fortalecem ainda mais nossa economia, beneficiando diretamente o comércio local, a gastronomia e o turismo, gerando empregos e oportunidades que contribuem para o desenvolvimento sustentável da região”, destaca Censi. Terroir diferenciado garante qualidade premiada Os vinhos de altitude catarinenses são únicos no cenário nacional e internacional, com características singulares que refletem o terroir da região. O clima de contrastes — com dias ensolarados e noites frias — e a altitude elevada, com vinhedos acima de 840 metros, garantem aromas complexos e sabores equilibrados. A certificação com o Selo de Indicação de Procedência (IP), obtida em 2021, é um dos diferenciais que reforçam a excelência dos vinhos da Serra Catarinense. Somente em 2024, 55 mil garrafas receberam a certificação, após rigorosas análises sensoriais e físico-químicas conduzidas por especialistas. “A certificação é crucial para reafirmar a identidade e excelência dos nossos vinhos, destacando o terroir diferenciado que coloca Santa Catarina como um polo de excelência vinícola no cenário mundial”, ressalta Censi. Acesse o site e saiba mais. Beba com moderação.

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