Menino com câncer raro e agressivo começa tratamento quase 2 meses após diagnóstico por falta de equipamento em SC
Criança de 4 anos precisou ir a SP para fazer biópsia. Ao voltar à capital catarinense para iniciar tratamento, máquina para radioterapia havia quebrado. Me...
Criança de 4 anos precisou ir a SP para fazer biópsia. Ao voltar à capital catarinense para iniciar tratamento, máquina para radioterapia havia quebrado. Menino com câncer raro e agressivo começa tratamento quase 2 meses após diagnóstico Um menino de 4 anos que descobriu um câncer cerebral raro e agressivo há quase dois meses conseguiu começar o tratamento em Florianópolis somente nesta segunda-feira (28). O diagnóstico, em 5 de setembro, ocorreu após ele apresentar dificuldade para se equilibrar. Na ocasião, precisou viajar para São Paulo para fazer uma biópsia, já que o exame não é oferecido na capital catarinense. Além disso, ao voltar do estado paulista, com o resultado em mãos, não pôde iniciar o tratamento porque a máquina usada na radioterapia estava quebrada. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp Nesta segunda, a Secretaria de Estado da Saúde informou que o processo de atualização técnica do aparelho de radioterapia foi realizado e garantiu a retomada integral dos atendimentos. Disse, em nota, que todos os pacientes estão sendo contatados para agendamento (íntegra abaixo). Descoberta Gabriel foi diagnosticado com câncer cerebral raro e agressivo Reprodução/NSC TV No final do mês de agosto, Gabriel começou a ter uma certa falta de equilíbrio, com muitas quedas e dificuldade de caminhar. A mãe trocou os tênis do filho achando que podia ser alguma dificuldade do calçado. Mesmo assim, o menino continuou com as quedas. Em 5 de setembro, a professora de educação física percebeu o garoto abatido e com dificuldade de equilíbrio. No mesmo dia, a família levou Gabriel para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que imediatamente encaminhou o menino para o Hospital Joana de Gusmão, em Florianópolis. Na unidade de saúde, ele fez uma tomografia que apresentou um tumor de ponte cerebral. Um cirurgião avaliou o caso e percebeu que não tinha como fazer a cirurgia devido à posição do tumor. O tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é a radioterapia. O caso de Gabriel é do chamado tumor difuso intrínseco de ponte, que é raro e agressivo. Busca pelo tratamento Por volta de 20 de setembro, foi marcada a radioterapia no Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), de Florianópolis. Porém, antes o menino precisou ir para São Paulo para fazer a biópsia, que não está disponível na capital catarinense. No estado paulista, o pequeno paciente foi levado ao Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graac) para realizar o exame. Segundo informações da família, a biópsia neste tipo de câncer é bem importante para ajudar na identificação das mutações do tumor. Ela é necessária e imprescindível antes de começar o tratamento da radioterapia para que o região não sofra nenhum tipo de irradiação antes da biópsia. Por esse motivo, a radioterapia do menino foi remarcada. A família ficou em torno de 15 dias em São Paulo e retornou para Florianópolis. Contudo, nesta volta à capital catarinense, a máquina para começar o tratamento da radioterapia no Cepon não está em funcionamento. O que diz Secretaria de Estado de Saúde O Centro de Pesquisas Oncológicas (CEPON) informa que o aparelho de radioterapia, 2100, está apto para uso e funcionando plenamente. O processo de atualização técnica foi realizado, garantindo a retomada integral dos atendimentos. Os pacientes estão sendo contatados para o reagendamento e retomada das sessões de radioterapia assegurando os seus tratamentos. A atualização foi necessária para fazer a instalação de um novo equipamento, somando-se aos outros dois já existentes. A expansão aumentará a capacidade de atendimento e proporcionará maior segurança e eficiência nos tratamentos oncológicos. Além disso, com investimentos de R$3,5 milhões do Estado, foi entregue este ano a obra do novo bunker de radioterapia. Além do CEPON, tratamentos de radioterapia em crianças pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão disponíveis em Santa Catarina nas seguintes unidades: Hospital Municipal São José (Joinville), Hospital São José (Criciúma), Hospital São José (Jaraguá do Sul), Hospital Regional do Oeste (Chapecó) e Hospital Santo Antônio (Blumenau), Hospital Nossa Senhora da Conceição (Tubarão), Hospital e Maternidade Tereza Ramos (Lages), Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen (Itajaí), Hospital Regional do Oeste (Chapecó), Hospital Santa Isabel (Blumenau). Cabe ressaltar que a Secretaria de Estado da Saúde recentemente conquistou um aparelho de radioterapia para Jaraguá do Sul, um para Blumenau e liberou a compra para Rio do Sul que passará a contar com o serviço, o investimento é de R$ 10 milhões. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias