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Governador de SC avalia sanção de lei que veta cotas raciais e diz que 'universidade não tem cor'

Jorginho Mello no Bom Dia Santa Catarina NSC TV/Reprodução O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), disse nesta quinta-feira (18) que ainda avalia...

Governador de SC avalia sanção de lei que veta cotas raciais e diz que 'universidade não tem cor'
Governador de SC avalia sanção de lei que veta cotas raciais e diz que 'universidade não tem cor' (Foto: Reprodução)

Jorginho Mello no Bom Dia Santa Catarina NSC TV/Reprodução O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), disse nesta quinta-feira (18) que ainda avalia se irá sancionar ou não o projeto de lei que extingue as cotas raciais na universidade estadual e instituições de ensino que recebem dinheiro do governo. Em entrevista ao Bom Dia Santa Catarina, da NSC TV, o chefe do Executivo também falou sobre a população em situação de rua, política, infraestrutura e combate à violência. A declaração de Jorginho acontece uma semana após a Assembleia Legislativa (Alesc) aprovar o projeto de lei 753/2025 (confira o que diz a proposta). O texto prevê multa de R$ 100 mil e corte de verbas para universidades que mantiverem cotas raciais no estado. "A gente está avaliando. Não chegou ainda, eu não sancionei nada. Estamos na Procuradoria do Estado fazendo um pente-fino em todos eles para ver o que foi acrescido, as emendas. Eu sempre digo, se for para ajudar as pessoas mais necessitadas, tem o meu apoio, porque a universidade não tem cor", afirmou. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp ⚖️ Entidades como o Ministério Público e a Defensoria Pública questionam a validade da medida. A inconstitucionalidade da lei também está em análise no Supremo Tribunal Federal (STF) a partir de um pedido feito pela Associação dos Remanescentes do Quilombo Vidal Martins, de Florianópolis. "A gente está vendo. Quando chegar eu vou avaliar com muito critério e reafirmo, sendo para ajudar, sendo para incluir mais gente, sendo para alcançar quem mais precisa, tem todo o meu apoio", disse (...). Temos que ter prudência nisso, não agir de forma açodada, fazer algo que contrarie e que seja ilegal, que seja já avaliado pela Justiça. Então, é por isso que eu digo que tem que ter paciência”. O que é sancionar uma lei? Sanção é quando o governador concorda com uma proposição de lei, encerrando as fases de proposição. Caso seja sancionado, o projeto se torna lei e é publicado no Diário Oficial. Porém, o chefe do Executivo também pode vetar partes ou o projeto todo se discordar, retornando para a Assembleia Legislativa. Entenda o projeto que proíbe cotas raciais em Santa Catarina Carlos Bolsonaro candidato ao Senado por SC Ainda na entrevista desta manhã, Jorginho também confirmou que Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, será candidato ao Senado pelo PL em Santa Catarina. A segunda vaga da legenda, que causou um atrito entre o grupo político, ainda não foi definida. "[Carlos Bolsonaro] Vai estar na chapa, isso está definido. Atendendo a um pedido do nosso presidente Bolsonaro, o desejo dele. Ele é o maior líder político da direita no Brasil, indiscutivelmente. Eu aqueci o pedido dele e o Carlos Bolsonaro ocupará uma vaga das duas em Santa Catarina. A outra [vaga] estamos vendo. Pode ser o Esperidião [Amin], a Carol de Toni, enfim, nós estamos discutindo", afirmou. Jorginho Mello no Bom Dia Santa Catarina NSC TV/Reprodução O que mais disse Jorginho Mello na entrevista? O governador também fez um balanço sobre a gestão de 2025 e falou sobre a relação de Santa Catarina com o governo federal. Jorginho, que chega ao fim do terceiro ano de mandato, respondeu sobre como a Polícia Civil atua com 52,5% da quantidade ideal de servidores e os recentes casos de feminicídio. "Temos a rede Catarina. Estamos juntando todos os programas que vão ao encontro da defesa da mulher, porque a mulher só quer respeito. Ela é invadida todos os dias pelo machismo, estamos com um grande programa para convencer os homens. Dizer assim: 'Escuta aqui, seu babaca. Para de agredir mulher, de fazer isso que não combina com Santa Catarina e com estado nenhum'". Infraestrutura e saneamento Entre as obras em andamento e previstas, falou sobre o projeto ViaMar, que trata da construção de uma rodovia estadual paralela à BR-101, para reduzir o tráfego de veículos e cargas pesadas entre a Grande Florianópolis e o Norte do estado. A obra será feita pela iniciativa privada, mas ainda não tem previsão de início e conclusão. Questionado sobre a situação do saneamento no estado, disse que Santa Catarina tem avançado para tentar cumprir a Meta do Marco Legal do Saneamento. O projeto prevê a universalização do acesso à água potável e esgotamento sanitário até 2033. “Tenho trabalhado muito nisso, com muita responsabilidade. Eu, como senador, votei o Marco do Saneamento para 2033, para estar a 90%. Eu tenho certeza absoluta que grande parte dos estados do Brasil vai pedir prorrogação. Isso vai mudar. Aqui, nós estamos evoluindo, a gente está evoluindo. A nossa Casan passou a fazer esgotamento sanitário em muitos pontos que eram questionados”, disse. Pessoas em situação de rua Em relação às polêmicas relacionadas à população de rua no estado, o governador reiterou que o assunto deve ser tratado junto aos municípios, mas que há interesse do executivo estadual. Completou que já está em tratativas para construir um cadastro único com toda a população em situação de rua no estado. "É um problema de cada município, mas o que é do município é problema meu também. Por isso, eu tomei a iniciativa de chamar os prefeitos das cinco maiores cidades de Santa Catarina, mais o Ministério Público, mais o Tribunal de Justiça, lá na Agronômica [sede do governo]. Fizemos duas reuniões já para a gente tomar algumas providências. Primeiro, fazer um cadastramento, um cadastro único. Hoje, todo mundo chuta, ah, tem 3 mil, tem 5 mil, tem 10 mil [pessoas em situação de rua]. Ninguém sabe ao certo. Já estamos fazendo, contratamos a Fapesc para fazer um software para a gente fazer um cadastro único dos moradores de rua. De onde veio, porque veio, usa droga, não usa droga, para que a gente possa ajudar, alocar eles, e também internar quem precisa". VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias

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